Chega ao Brasil nova opção de tratamento para pacientes com alto risco de problemas cardiovasculares
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A indicação, composta pela combinação de rivaroxabana mais Aspirina, reduziu em 24% o risco de eventos cardiovasculares maiores como infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e morte cardiovascular em pacientes com doenças arteriais – principal causa de óbitos no mundo1
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Tratamento é indicado para pacientes com doença arterial coronariana (DAC) e doença arterial periférica sintomática (DAP) com alto risco de eventos isquêmicos2, conjunto de enfermidades que afetam o coração e a rede de vasos sanguíneos do corpo, comprometendo a saúde dos membros e, principalmente, o funcionamento do coração
São Paulo, 22 de abril de 2020 – De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares são a principal causa de mortalidade no mundo, com aproximadamente 17,7 milhões de mortes por ano3. Entre os diferentes tipos da enfermidade estão a Doença Arterial Coronariana (DAC) e a Doença Arterial Periférica (DAP), causadas pelo acúmulo de placas de gordura, cálcio e outros elementos na parede das artérias do coração e de outras partes do corpo.
Sem tratamento, as placas crescem e estreitam o calibre dos vasos, podendo chegar a obstruí-los totalmente por meio de coágulos. A doença restringe o fluxo sanguíneo na região, privando a área afetada de receber o oxigênio e os nutrientes carregados por meio do sangue. A consequência é a morte dos tecidos. “Quando a obstrução é no coração (artérias coronárias), o músculo cardíaco é atingido, prejudicando a capacidade do órgão bombear o sangue para o resto do corpo. É o infarto do miocárdio. Se o bloqueio do fluxo for no cérebro, pode acontecer o acidente vascular cerebral. Caso esteja localizado em algum ponto dos membros (braços e pernas) – é mais comum nas pernas – é a chamada isquemia dos membros inferiores, que pode até mesmo levar à realização de amputações”, explica o Dr. Alvaro Avezum, cardiologista e Diretor de Pesquisa do Hospital Oswaldo Cruz e Coordenador Nacional do estudo COMPASS no Brasil, que levou à aprovação da nova indicação. As doenças arteriais são mais comuns em pacientes com diabetes e obesidade, enfermidades que afetam mais de 12 milhões pessoas no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde4.
Diante desse cenário, a medicina empenha-se em encontrar novas soluções para diminuir os índices de mortalidade e de amputações que a DAC e a DAP podem causar. A mais recente, aprovada há pouco tempo pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), acaba de chegar ao mercado brasileiro: trata-se da combinação da dose vascular do anticoagulante rivaroxabana (Xarelto®) 2.5mg duas vezes ao dia mais aspirina 100mg uma vez ao dia. A novidade, também incluída nas diretrizes da Sociedade Europeia de Cardiologia5, é baseada no estudo de Fase lll COMPASS1, publicado em 2017 e interrompido um ano antes do previsto devido à eficácia comprovada no tratamento dos pacientes.
O estudo foi realizado em 33 países e incluiu cerca de 27 mil pacientes com alto risco para as doenças (história prévia de eventos cardiovasculares, obesidade, diabetes, sedentarismo, tabagismo, entre os fatores de risco mais importantes), em 602 centros de pesquisa. Todos recebiam o tratamento padrão para esses casos (anti-hipertensivos e anti-lipídicos), e foram divididos em três grupos que tomaram respectivamente – rivaroxabana (Xarelto®) e aspirina, somente rivaroxabana (Xarelto®) e somente aspirina.
A pesquisa concluiu que, entre os pacientes que receberam rivaroxabana (Xarelto®) 2.5mg duas vezes ao dia mais aspirina 100mg uma vez ao dia, houve diminuição de 24% no risco de infarto, AVC e morte em comparação ao apresentado por aqueles que receberam Aspirina sozinha. Além disso, no caso de pacientes com DAP, a nova abordagem previne a amputação, com redução de aproximadamente 70% dos casos, 46% de eventos graves em membros e 28% no risco de infarto, AVC e morte cardiovascular.
O resultado da adição da rivaroxabana (Xarelto®) 2.5mg duas vezes ao dia ao esquema terapêutico é muito promissor na redução da reincidência de eventos e da mortalidade em casos de pacientes com alto risco para doenças arteriais periféricas e coronarianas. Ele é alcançado graças à combinação dos efeitos da rivaroxabana (Xarelto®) e da aspirina sobre o processo de formação de coágulos, chamado inibição de dupla via. “Eles são produzidos como uma resposta do corpo após o rompimento das placas que obstruem as artérias e contribuem para o entupimento dos vasos. Por isso, é importante reduzir sua chance de aparecimento por meio do uso de anticoagulantes”, explica Dr. Alvaro Avezum. A rivaroxabana (Xarelto®) e a aspirina atuam em etapas diferentes da formação dos trombos, o que faz com que as ações se complementem, potencializando o efeito de anticoagulação e antiagregação plaquetária.
Sobre DAP e DAC
A Doença Arterial Periférica (DAP) acontece pelo estreitamento ou obstrução dos vasos sanguíneos arteriais, responsáveis por levar o sangue para extremidades como braços e pernas, sendo mais comum o acometimento nos membros inferiores do que os superiores. “Com isso, a circulação do sangue nessas regiões fica prejudicada, podendo causar desde dor na hora de caminhar até, em casos mais extremos, amputações”, detalha Dr. Avezum.
Aproximadamente 202 milhões de pessoas são afetadas por DAP no mundo6 - porém, de acordo com o Johns Hopkins Medicine7, cerca de 50% dos pacientes diagnosticados não apresentam sintomas. Nos demais casos, os sintomas mais recorrentes são dores ou câimbras ao caminhar, segundo o British Heart Foundation8.
Já a Doença Arterial Coronariana (DAC), responsável por mais de 8 milhões de mortes no mundo em 20153, é caracterizada como o problema cardiovascular mais frequente, de acordo com a Heart & Stroke Foundation9, se dá pela obstrução dos vasos sanguíneos responsáveis por irrigar o músculo do coração, limitando o fluxo de sangue para o órgão e podendo desencadear desde dores no peito até ataques cardíacos.
“Ambas as doenças vasculares são causadas pela aterosclerose, ou seja, produção de placas de gordura nas artérias que está associada à presença dos seguintes fatores de risco: tabagismo, hipertensão arterial, colesterol alterado, diabetes, obesidade, sedentarismo, alimentação não saudável, estresse e depressão e por histórico familiar”, pontua o médico.
Como na maioria dos casos é possível que ambas as doenças não apresentem sintomas até que aconteça um evento grave, como um infarto ou acidente vascular cerebral, é importante que os pacientes façam todo o possível para proteger sua saúde vascular. O médico destaca que, além do tratamento medicamentoso, estilo de vida saudável é fundamental, como não fumar, atividade física regular, alimentação saudável e enfrentamento positivo do estresse e da depressão para proteger as artérias e o sistema vascular como um todo.
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A Bayer é uma empresa global focada em Ciências da Vida nas áreas de saúde e nutrição. Seus produtos e serviços são desenvolvidos para beneficiar pessoas apoiando-as para superar os maiores desafios apresentados pelo crescimento e envelhecimento populacional. Além disso, a companhia visa criar valor por meio da inovação e crescimento. A Bayer é comprometida com os princípios do desenvolvimento sustentável e a marca Bayer representa confiança, credibilidade e qualidade ao redor do mundo. No ano fiscal de 2019, com cerca de 104 mil colaboradores, obteve vendas de € 43.5 bilhões. Os investimentos totalizaram € 2,9 bilhões e as despesas com Pesquisa & Desenvolvimento somaram € 5,3 bilhões. Para mais informações, acesse www.bayer.com.br.
1 Eikelboom JW et al. New Engl J Med 2017; DOI: 10.1056/NEJMoa1709118
2 Bula do medicamento Xarelto®
3 OMS. Doenças cardiovasculares. Disponível em: http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs317/es/. Acessado em março 2020.
4 Ministério da Saúde. Brasileiros atingem maior índice de obesidade nos últimos treze anos. Disponível em: https://saude.gov.br/noticias/agencia-saude/45612-brasileiros-atingem-maior-indice-de-obesidade-nos-ultimos-treze-anos. Acessado em fevereiro de 2020
5 Knuuti J et al: Eur Heart J. 2020 Jan 14;41(3):407-477. doi: 10.1093/eurheartj/ehz425
6 Hiramoto JS1, Katz R, Weisman S, Conte M. et al. Gender-specific risk factors for peripheral artery disease in a voluntary screening population. J Am Heart Assoc. 2014 Mar 13;3(2): e000651.
7 Johns Hopkins Medicine. Peripheral Vascular Disease. Disponível em: https://www.hopkinsmedicine.org/heart_vascular_institute/centers_excellence/womens_cardiovascular_health_center/patient_information/health_topics/diagnosing_treating_peripheral_art.html. Acessado em março 2020
8 British Heart Foundation. Focus on: Peripheral arterial disease. Disponível em: https://www.bhf.org.uk/heart-matters-magazine/medical/peripheral-arterial-disease. Acessado em março 2020
9 Heart & Stroke Foundation. Coronary Artery Disease. Disponível em: http://www.mayoclinic.org/disease-conditions/coronary-artery-disease/diagnosis-treatment/treatment/txc-20165340 . Acessado em março 2020
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